Palestrante

DIMAS FLORIANI

Doutor em Sociologia (U.C.L. Louvain, Bélgica, 1991) e pós-doutor (El Colégio de México e PNUMA, 2002). Professor Titular e aposentado Sênior nos programas de Ciências Sociais (UFPR) e no Doutorado Interdisciplinar em Meio Ambiente e Desenvolvimento (UFPR), do qual foi coordenador em 1996-98. Bolsista em Produtividade em Pesquisa (CNPq). Orientador e co-orientador de mais de 30 teses de doutorado e uma dezena de dissertações de mestrado. Coordenador da linha e do grupo de pesquisa em Epistemologia e Sociologia Ambiental. Co-editor da Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente. Participa do GT em Teoria e Ambiente da ANPPAS e é professor visitante do CEDER-ULagos do Chile. Coordenador acadêmico da Casa Latino-americana (CASLA) de Curitiba, ex-coordenador do curso de Especialização em Relações Internacionais (2005-2011), dedicando-se a temas sobre democracia e meio ambiente na América Latina. Responsável por entrevistas semanais na TV da UFPR, no programa América Latina Viva. Autor de diversos capítulos de livros e artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, destacando-se seus livros Conhecimento, Meio Ambiente e Globalização (Juruá/PNUMA), 2004, com diversas reedições e 'Crítica da Razão Ambiental: Pensamento e Ação para a Sustentabilidade (Annablume, 2013). Co-autor premiado nacionalmente na categoria livro didático, pelo Prêmio Jabuti - 2001 e na categoria acadêmica em 2012. Editor da coleção bilingue (Semeando Novos Rumos - Sembrando Nuevos Senderos) com 6 títulos publicados pela Editora da UFPR (Rede Internacional Casla-Cepial).


Modelo de Interação entre sistemas socioambientais, subalternidades e imaginários da saúde

Busca-se apresentar alguns dos principais conceitos que dão suporte à metodologia do modelo deSistema de Interação Societal (Modelo SIS) a fim de avaliar potenciais usos na avaliação de projetos aplicados a contextos em que se defrontam os sistemas dominantes ou hegemônicos de organização social, sob a égide dos agentes do mercado capitalista e os sistemas de borda, nos quais se inscrevem os atores subalternos. Das interfaces de ambos os sistemas podem emergir sistemas híbridos que merecem ser testados e avaliados, a fim de verificar se se trata de projetos socioambientais, tendendo ou não à construção de autonomias socioambientais. Por sua vez, esses atores subalternos podem agenciar iniciativas de resistência, pela capacidade de mobilização de seus recursos alocadas por meio da ecologia das práticas e dos saberes; processos de subjetivação desses atores podem indicar que sua capacidade de enunciação são promotoras de afirmações positivas de suas identidades enquanto sujeitos coletivos.

Por outro lado, serão elencadas algumas das experiências concretas em que é possível observar a ocorrência de sistemas híbridos interculturais capazes de promover a formação e constituição de sujeitos ecológicos vinculados às práticas e saberes socioambientais.

Busca-se abordar também, na segunda parte da palestra, os sistemas de práticas e de saberes associados com os sistemas de saúde alternativos, coexistentes, concorrentes ou em conflito com o modelo hegemônico de saúde.


Anfiteatro B   Mesa redonda 6 - A saúde ambiental no Brasil – A quantas anda? - 06/07/2023 16:20 - 17:40